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Formação de relevos

A formação de relevos é um dos temas fundamentais da geografia, uma vez que a variedade de formas na superfície terrestre influencia diretamente o clima, a hidrografia, o cenário e até mesmo a ocupação humana. Vamos explorar as principais forças e processos que apresentam para a formação e transformação do relevo, as estruturas resultantes e alguns dos exemplos mais conhecidos.

O que é o relevo?

Relevo é o conjunto das formas que compõem a superfície terrestre, como montanhas, barragens, vales e planaltos. A formação de relevos resulta da interação entre forças internas (endógenas) e externas (exógenas) ao longo de milhares ou até milhões de anos. Essas forças provocam elevações, rebaixamentos, deformações e desgastes que modificam continuamente a crosta terrestre.

Forças endógenas: o papel da tectônica de placas

As forças internas da Terra, conhecidas como forças endógenas, estão diretamente ligadas ao movimento das placas tectônicas, que são enormes blocos da crosta terrestre que se movem sobre o manto devido à convecção do magma.

Tectônica de placas

O conceito de tectônica de placas, desenvolvido ao longo do século XX, revolucionou o entendimento da formação de relevo. As placas tectônicas podem se mover em três pontos principais: convergente (movem-se em direção uma da outra), divergente (se afastam) e transformante (movem-se lateralmente). Esses movimentos geram diferentes tipos de relevância.

  • Movimento convergente: Quando duas placas tectônicas se encontram, pode ocorrer uma colisão (gerando cadeias de montanhas como os Himalaias) ou uma subducção, onde uma placa desliza sob a outra (como ocorre na Cordilheira dos Andes). Esse processo forma montanhas, vulcões e também regiões com atividade sísmica.
  • Movimento divergente: Onde as placas se afastam, há uma formação de dorsais oceânicas, como a Dorsal Mesoatlântica. Esse processo também pode formar vales profundos no continente, conhecidos como riftes.
  • Movimento transformante: As placas que se movem lateralmente em relação uma à outra formam falhas geológicas, como a falha de San Andreas, na Califórnia. Embora não criem montanhas, essas falhas podem gerar terremotos e pequenas elevações ou depressões sem relevância.

Vulcanismo e terremotos

O vulcanismo e os terremotos também são característicos de endógenos geológicos que são importantes para a formação de relevos. O vulcanismo ocorre quando o magma do manto terrestre atinge a superfície, formando vulcões e derramamentos de lava que, ao se solidificarem, criam elevações e planaltos vulcânicos. Já os terremotos podem causar fraturas, deslocamentos e até mesmo elevações em áreas onde as falhas geológicas estão presentes.

Forças exógenas: erosão, intemperismo e deposição

As forças exógenas são responsáveis ​​pelo desgaste e modelagem das estruturas pelas forças endógenas. Elas incluem a erosão, o intemperismo e a deposição, e atuam de maneira contínua, modificando a importância ao longo do tempo.

Intemperismo

O intemperismo é o processo de desgaste das rochas e pode ocorrer de três formas principais:

  1. Intemperismo físico: Causado pela ação da temperatura, da água e do gelo, que expandem e contraem as rochas, fragmentando-as. Esse processo é mais comum em climas áridos e de grandes amplitudes térmicas, como os desertos.
  2. Intemperismo químico: As respostas químicas entre minerais das rochas e elementos como a água e o oxigênio alteram a composição mineral das rochas, facilitando sua permanência. É comum em climas quentes e úmidos, onde há maior presença de água.
  3. Intemperismo biológico: Organismos vivos, como raízes de plantas podem e microorganismos, contribuem para a manipulação das rochas, especialmente em áreas com vegetação densa.

Erosão

A erosão é o processo de desgaste e transporte de partículas de solo e rochas através da ação da água, do vento, do gelo e da gravidade. Ela atua em todas as formação de relevo, especialmente nas regiões mais altas e mais íngremes, transportando materiais para áreas mais baixas.

  1.  Pluvial: Causada pela chuva, que desgasta o solo e cria sulcos ou ravinas, especialmente em áreas sem cobertura vegetal.
  2. Fluvial: A ação dos rios modela vales e barreiras, esculpindo o leito do rio e transportando sedimentos. Esse processo é visível em grandes rios como o Amazonas, que transporta uma enorme quantidade de sedimentos para o oceano.
  3. Eólica: Comum em regiões desérticas e secas, o vento transporta partículas de areia e sedimentos, desgastando as rochas e formando dunas.
  4. Glacial: Em regiões polares e de alta montanha, o gelo das geleiras se desloca lentamente e desgasta o solo, formando vales em “U” característicos, além de transportar grandes blocos de rocha.
  5. Gravitacional: É a penetração de materiais que ocorre em áreas de encosta, comumente afetada por chuvas intensas, que tornam o solo mais desconfortável.

Deposição

Depois de desgastados e transportados pela erosão, os sedimentos acabam se depositando em áreas mais baixas, como bacias e deltas fluviais. Esse processo de deposição é responsável pela formação de áreas férteis, que favorecem a agricultura, e também de praias e dunas costeiras.

Principais formas de relevância

As formas de importância são específicas com base em suas características e em sua origem geológica. As principais incluem:

  1. Montanhas: São elevações de relevo que geralmente apresentam altitudes elevadas e formas íngremes, resultantes principalmente de movimentos convergentes de placas tectônicas.
  2. Planaltos: São áreas relativamente elevadas e planas, mas que podem apresentar superfícies irregulares devido à ação do intemperismo e da erosão. Planaltos podem se formar por processos tectônicos ou vulcânicos e são comuns em regiões onde a erosão tem mais força do que a deposição.
  3. Planícies: São áreas planas e de baixa altitude, geralmente formadas pelo acúmulo de sedimentos transportados por rios, mares e ventos. Planícies são geralmente áreas férteis e propícias à agricultura.
  4. Vales: São depressões entre montanhas ou planaltos, muitas vezes esculpidos pela ação de rios (vales em “V”) ou de geleiras (vales em “U”).
  5. Depressões: São áreas mais baixas do que o relevo ao redor, muitas vezes resultado de processos erosivos intensos. Podem ser absolutas (abaixo do nível do mar) ou relativas (acima do nível do mar, mas ainda assim abaixo do entorno).

Exemplos de relevância ao redor do mundo

Cadeia dos Himalaias

Formada pelo movimento convergente entre as placas tectônicas da Índia e da Eurásia, essa cadeia montanhosa abriga algumas das maiores elevações da Terra, como o Monte Everest.

Dorsal Mesoatlântica

Essa cadeia de montanhas submersas percorre o Oceano Atlântico de norte a sul e é formada pelo movimento divergente entre as placas tectônicas da América e da África-Europa.

Planície Amazônica

Formada pelo acúmulo de sedimentos trazidos pelos rios da Bacia Amazônica, essa barragem é uma das áreas mais férteis e biodiversas do planeta.

Grande Vale do Rift

Localizado na África Oriental, o Grande Vale do Rift é uma enorme depressão causada pelo afastamento das placas tectônicas africana e arábica, sendo uma das regiões geologicamente mais ativas do mundo.

Conclusão

A formação da relevância terrestre é um processo dinâmico e contínuo, marcado pela interação entre forças internas e externas. A tectônica de placas é responsável pela criação de grandes estruturas e elevações, enquanto o intemperismo, a erosão e a deposição modelam e modificam essas estruturas. Entender a formação da relevância não só enriquece nosso conhecimento geográfico, mas também auxilia no planejamento urbano e na preservação do meio ambiente, uma vez que essas formas influenciam o clima, o vegetação e a hidrografia de uma região.

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